terça-feira, 28 de junho de 2011

MANIFESTO POR GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL VERDADEIRAMENTE DEMOCRATICO E POPULAR





















segunda-feira, 6 de junho de 2011

CPT APRESENTA LISTA DE 30 PESSOAS QUE JA SOFRERAM ATENTADOS E DEVEM RECEBER PROTEÇÃO POLICIAL.

Companheir@s, lutadores do povo;
                  
                     Reproduzi a noticia abaixo por conta da importancia e da gravidade da denuncia, aqueles que ousam enfrentar os poderosos, aqueles que se acham acima da lei, que compram e pagam pela morte de lutadores do povo deveriam estar na cadeia, mas infelizmente continuam impune, ceifando a vida, e em nosso pais, ainda o peso da balança e do bolso fala mais alto, a corda só arrebenta naqueles que não tem milhões para pagar advogados, naqueles que não tem jagunços e matadores ao seu dispor.

                    Gostaria de destacar dois companheiros da lista, Gentil Couto Vieira, um grande companheiro que pagou um preço alto, teve carro metralhado, escapou de emboscadas, foi acusado injustamente por crimes que não cometeu e hoje como sempre tem sua vida sob ameaça, e o companheiro Zé Rainha, tomamos umas cervejas juntos semana passada, ele contava dos sufocos que ja passou, da bala que atravessou as costas, quanto corria a pé de um conhecido pistoleiro (pm atirador de elite) que estava a cavalo e de tantas outras ameaças que ja sofreu. 

                     Nosso apoio as lutas populares e nossa solidariedade aos companheiros e companheiras que no dia a dia, tem sua vida ameaçada e tambem nossa homenagem a tod@s que tombaram na luta, seja no combate a ditadura, seja nas ligas camponesas, seja na luta ambientalista ou nos conflitos agrarios ainda muito presente no nosso País.

Pastoral da Terra

Lista de ambientalistas ameaçados de morte tem dois paranaenses
Em todo país são 30 pessoas que já sobreviveram a atentados e devem receber proteção policial.
CPT disse que 1.855 trabalhadores rurais estão em situação de risco.

01/06/2011 16:26
G1/Globo.com

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou, nesta semana, uma lista com o nome de 30 pessoas que trabalham no campo e de ambientalistas que já sofreram ameaças de morte ou sobreviveram a atentados violentos no país, entre os anos de 2000 a 2010. Na relação estão dois paranaenses.

Samir Ribeiro e Gentil Couto Vieira são integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Paraná. Ribeiro atua na região de Nova Laranjeiras e Vieira em Santa Teresa do Oeste, ambas no Oeste paranaense.

De acordo com a organização, a lista completa apresenta 165 pessoas que foram ameaçados de morte mais de uma vez. Outra lista, que foi apresentada para o Governo Federal, tem 1.855 nome de trabalhadores no campo que sofreram algum tipo de ameaça no período. Destes, 207 receberam mais de uma ameaça e 42 foram mortos.

Os assassinatos mais recentes ocorreram último dia 24 em Nova Ipixuna, no Pará. O casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo eram nativos da região e integrantes do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), organização não governamental (ONG) fundada por Chico Mendes.

Segundo a CPT, o Ministério da Justiça informou que teria condições de oferecer proteção policial apenas para os 30 ambientalistas que já sofreram um atentando, considerados os mais graves.

Em menos de uma semana, quatro pessoas morerram na Região Norte, três delas no Pará e uma em Rondônia. No Pará, a morte de um agricultor, segundo a Polícia local, não tem relação com a morte de ambientalistas na mesma região. Há possibilidade de elo do agricultor com tráfico de drogas. No entanto, a Delegacia de Conflitos Agrários ainda investiga o caso antes de descartar que o assassinato tenha ocorrido por questão agrária.

Nesta segunda-feira (30), para conter os conflitos agrários na Região Norte do país, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, analisou uma lista com 125 nomes feita pela CPT de ambientalistas e trabalhadores rurais ameaçados de morte.

Veja a lista de ambientalistas e trabalhadores rurais que sobreviveram a atentados:

Edmar Brito - quilombola em Codó (MA)
Edmar Mendes Guajajara - índio em Grajaú (MA)
Edmar Aparecido dos Santos - geraizeiro em Guaraciama (MG)
Darcy - sem-terra em Pirapora (MG)
Darlan da Silva - sem-terra em Pirapora (MG)
Roniery Bezerra Lopes - aliados em Anapu (PA)
Luiz Rodrigues - ambientalista em Conceição do Araguaia (PA)
Edvan da Silva Rodrigues - trabalhador rural em Cumaru do Norte (PA)
Francisco dos Santos - sem terra em Eldorado dos Carajás (PA)
Antonio Francelino de Sousa - sem-terra em Itupiranga (PA)
Janio Santos da Silva - assentado em Marabá (PA)
Domingos da Silva "Índio" - sem-terra em Marabá (PA) em Itupiranga (PA)
Osino da Silva Monteiro - ambientalista em Parauapebas (PA)
Nivaldo Pereira Cunha - ambientalista em Santa Maria das Barreira (PA)
Hélio da Costa Bom Jardim - posseiro em São Féliz do Xingu (PA) e Anapu (PA)
Geraldo Sebastião dos Santos - assentado em São João do Araguaia (PA)
Valdecir Nunes Castro - sem-terra em Xinguara (PA)
Severino Augusto Silva - posseiro em Mogeiro (PA)
Josias Pereira Nunes - posseiro em Santa Rita (PB)
Josivaldo Ferreira Santana - ambientalista em Gameleira (PE) e Ribeirão (PE)
Reginaldo Bernardes da Silva - sem-terra em Passira (PE), Itambé (PE) e Salgadinho (PE)
Jaime Amorim - ambientalista em Vertentes (PE)
Samir Ribeiro - sem-terra em Nova Laranjeiras (PR)
Gentil Couto Vieira - sem-terra em Santa Teresa do Oeste (PR)
Márcio Castro das Mercês - ambientalista em Nova Iguaçu (RJ)
Alexandre Anderson - ambientalista em Magé (RJ), Niterói (RJ) e São Gonçalo (RJ)
Deaize Menezes de Sousa - ambientalista em Magé (RJ), Niterói (RJ) e São Gonçalo (RJ)
Domingos Barbosa Costa - ambientalista em Bonfim (RR)
Rosângela da Silva Elias "Janja" - ambientalista em Porto Alegre (RS)
José Rainha Júnior - ambientalista em Rosana (SP)







quinta-feira, 2 de junho de 2011

HORTA MANDALLA

Projeto Mandalla

Sistema de canteiros concêntricos formados ao redor de fonte d´água

Adaptado por Engenheiro Agrônomo Cleberson Carneiro Zavaski

Quem vê pela primeira vez acha a idéia um pouco estranha. Ao invés de uma plantação tradicional, os canteiros são circulares, formados ao redor de uma fonte d'água. A inspiração vem da mandalla, símbolo cultivado desde a antigüidade que representa a relação do homem com o universo ou ainda os planetas ao redor do sol.

O sistema tem até nove círculos concêntricos de dois metros de largura. No reservatório de água, o agricultor pode criar peixes e patos, cujas fezes fertilizam os canteiros. Os três primeiros círculos servem ao plantio de hortaliças. Os próximos cinco, para culturas diversas. E o último canteiro serve à proteção ambiental, podendo receber plantas nativas, medicinais ou frutíferas.

Com custo de 1.250 a 1.300 reais a mandalla deve ser implantada em área de 2,5 mil metros quadrados, podendo ser feita em dois dias. Não é necessário construir todos os círculos de uma vez. Trabalhe o primeiro até estar todo cultivado e aí prossiga ao segundo até chegar ao último. As quantidades de materiais para a construção variam segundo o diâmetro das esferas. A primeira tem 31,4 metros de mangueira e a última, 131 metros.

Mandalla, sistema de cultivo irrigado conduzido em canteiros circulares formados ao redor de fonte d´água

O conceito que permeia o projeto - a interação entre os elementos, cada um deles influenciando o outro - e seu próprio nome vêm da "Mandalla cósmica", representação gráfica do universo. A palavra significa "círculo", em sânscrito. Símbolo universal, cultuado desde a antigüidade, caracteriza-se por traçados ao redor de um ponto central, obedecendo a eixos de simetria. Seu contorno exterior não é necessariamente circular mas dá a idéia de irradiar-se de um centro ou mover-se em direção a ele.

A Mandalla básica compõe-se de um tanque circular com três metros de raio e 1,80 metro de profundidade, capaz de armazenar 30 mil litros d'água, bombeada através de tubos plásticos perfurados de modo a se aproveitar cotonetes de ouvido, por exemplo - uma de suas pontas é presa ao furo. A outra é vedada a fogo. O jorro d'água, capaz de alcançar um metro de distância em qualquer direção, bastando para tanto girar a haste oca, sai de um corte feito na lateral.

O tanque também ajuda a criação de peixes, patos ou marrecos. Suas fezes, ricas em nitrogênio e potássio, respectivamente, contribuirão para fertilizar os canteiros, cujas folhas, frutos ou grãos servirão de adubo para outras plantas ou de alimento a homens e bichos. Além do cotonete, o projeto oferece outras soluções engenhosas, como a instalação de uma lâmpada sobre o tanque para atrair insetos à noite e alimentar os peixes, e a utilização de um "chiqueiro-móvel" sobre os canteiros. Conhecido por galinheiro-tailandês, é uma espécie de pirâmide telada de dois metros de comprimento por 1,5 de altura e um de largura, com estrutura de sustentação de madeira, dentro do qual são confinadas de cinco a oito galinhas - elas ficam ciscando durante 20 dias, afofando a terra para o plantio e adubando-a com seus dejetos. Depois, basta posicionar o galinheiro mais adiante, repetindo a operação até completar o círculo.

A Mandalla básica repete o desenho do sistema solar. No centro, o sol, ou tanque de água, com o vértice de madeira que sustenta as mangueiras de irrigação e, ao redor dele, as órbitas dos planetas - os canteiros. Os três primeiros (em verde-claro) servem ao plantio de hortaliças, para alimentar as famílias. Os outros cinco (verde), para culturas diversas, dependendo das necessidades de mercado e/ou interesse do produtor ou produtores, caso o cultivo seja feito coletivamente. O último canteiro é destinado à proteção ambiental: cerca - vivas ou plantas de porte, para controlar a infestação de insetos daninhos e evitar ventos excessivos.

1º Escolha do Local

Escolha o terreno onde será implantada a sua Mandalla de Produção.O espaço necessário é de 50x50 metros. Para Mandallas de Fundo de Quintal,um espaço de até 10x10 poderá ser utilizado.

2º Marcação do Reservatório:

A marcação do reservatório é feita no centro do terreno. Fixe uma estaca e amarre uma corda de 3 metros com outra estaca na segunda ponta. Dê uma volta completa marcando a área no chão. Para Mandallas de Fundo de Quinta, este raio poderá ser de até 1 m de comprimento.

O reservatório deve ser escavado de forma côncava ascendente, a partir do centro, no sentido diagonal das bordas. A profundidade da área central será de 1,80m. Para Mandallas de Fundo de Quintal, a profundidade será de 1,50m.

A cobertura do reservatório, que servirá para segurar a água, deve ser feita com a aplicação de cimento sobre uma tela de galinheiro presa com arame farpado ou ferro simples de construção. Deverá ser feita também, uma calçada em volta do tanque. O traço de revestimento é de 1:3 com 0,5cm de espessura, executado de baixo para cima, a partir do centro.

3º Instalação do Sistema de Irrigação:

O Sistema central de irrigação será suspenso por uma estrutura piramidal feita com 6 caibros de 4 metros de comprimento, furados na ponta e unidos por um ferro de 5 mm de espessura. Esta estrutura deverá ser erguida no reservatório, obedecendo a distribuição angular de 60, 90 ou 120 graus, caso seja em Fundo de Quintal.

Um sistema "aranha" orientará as linhas de distribuição da água, para alimentação das 6,4,ou 3 linhas mestras de distribuição por aspersão, nos 09 ou 03 círculos de irrigação da Mandalla Produtiva ou de Fundo de Quintal.

Uma bomba d'água, que poderá ser submersa ou centrífuga externa, deve ser ligada a aranha da qual sairão as linhas mestras, através de mangueira 3/4. Após isso, a aranha deverá ser suspensa no topo da estrutura de madeira, no centro do reservatório, devidamente abastecida pela bomba submersa disposta para tal.

Cada linha mestra distribuirá água através de 09 círculos compostos por mangueiras de 16mm, em junção T ou Y, operacionalizadas por uma válvula, que controlará a distribuição da água. Os círculos produtivos, que representam os planetas do sistema solar, são orientados para melhoria da Qualidade de Vida; da Produtividade Econômica e do Equilíbrio Ambiental.

4º Micro aspersores e Gotejadores

Como fazer os MICRO ASPERSORES: Coloque os cotonetes de ouvido de molho e tire o algodão das hastes. Aqueça uma das pontas e aperte com um alicate. Coloque um arame 18 dentro da haste, faça um corte transversal até tocar e depois retire o arame. Fure a mangueira e instale os micros aspersores imediatamente para aproveitar o reaperto do furo executado, sem precisar de cola.

Como fazer os GOTEJADORES: Faça um furo no meio da tampa da garrafa. Corte um cotonete ao meio e introduza um dos pedaços na tampa. Coloque um pedaço na de 5cm de arame 18 dentro do cotonete e faça uma curva na ponta de fora, para forma a gota. Feche a tampa na garrafa, faça um tripé com gravetos e prenda no fundo da garrafa com um arame. Coloque uns 10cm de cascalho para evitar insetos e entupimentos do cotonete. Corte uma parte do fundo da garrafa para por a água.

5º Material para se montar a Mandalla:

Material

Para montar o reservatório e o sistema de distribuição de água são necessários:

• 6 sacos de cimento• 36 sacos de areia• 40 metros de tela de galinheiro fio 22 de 1,45 metro de largura• 30 metros quadrados de tijolo• 1 litro de cola branca comum• 1 bomba submersa de dois mil litros/hora com saída 3/4 (33 milímetros)• 1,8 metro de mangueira 3/4 (33 milímetros)• 5 metros de arame número 18• 1 sistema aranha, com seis saídas, entrada de 3/4 e rosca interna• 1 adaptador 3/4 de polegada• 6 caibros de quatro metros• 1 metro de ferro de cinco milímetros de espessura• 6 mangueiras de 32 milímetros, com 22 metros cadaPara fazer os canteiros são necessários:• 726 metros de mangueira de 16 milímetros• 54 junções em Y de 16 milímetros cada• 54 válvulas cilíndricas de 16 milímetros cada• 12 caixas de cotonete com 75 unidades cada• 365 piquetes de madeira de 50 centímetros de comprimento• 1 metro de arame número 18

6º Montagem:

1º passo

Para construir o reservatório, crave no centro do terreno uma estaca de 50 centímetros e amarre a ela uma corda de três metros. Na outra ponta, coloque um pedaço de madeira e trace um círculo. Escave essa área demarcada como se fosse um funil. O centro deve ter 1,85 metro de profundidade e uma "cuia" onde será colocada a bomba submersa.

2º passo

Na borda do reservatório faça calçada de 50 centímetros de largura por um metro de altura, colocando uma fileira de tijolos para dar suporte ao vértice de sustentação da bomba.

3º passo

Coloque a tela de galinheiro nas paredes do reservatório, preocupando-se em trançar cada peça. Para prendê-la, use arame farpado. Prepare argamassa com um saco de cimento e seis de areia, rebocando todo o buraco, a borda e a calçada. Após secar o cimento, impermeabilize tudo com cola branca. Espere secar e encha o depósito com água.

4º passo

Faça em cada caibro um furo a cinco centímetros de uma das pontas. Pegue o ferro de cinco milímetros e passe-o pelos buracos, unindo as peças de madeira. A estrutura ficará em formato de pirâmide e deve ser apoiada na borda do reservatório. Coloque no topo o sistema aranha. Embaixo, a um palmo da água, coloque uma isca luminosa. Ela atrairá insetos que servirão de alimento para os animais criados no reservatório.

5º passo

Coloque a bomba submersa no fundo do reservatório. Ela deve ser conectada ao sistema aranha com o pedaço de 1,8 metro de mangueira 3/4 e o adaptador de 3/4 de polegada. Para a instalação elétrica, siga atentamente as instruções do fabricante. Nas seis pernas da aranha fixe as mangueiras de 32 milímetros, que serão linhas mestras por onde a água passará até chegar aos canteiros.

6º passo

Em cada canteiro insira uma junção em Y nas linhas mestras. Ponha válvulas em uma ponta da peça. Nas outras duas coloque as mangueiras dos círculos, que devem ser presas com arame nos piquetes de madeira.

7º passo

A distribuição da água nos canteiros é feita por micro aspersores. Para fazê-los, pegue os cotonetes, coloque-os de molho na água e tire o algodão das hastes. Aqueça uma das pontas e aperte com o alicate. Pelo outro lado, insira um pedaço de arame. Faça pequeno corte transversal na haste até tocar o arame, retirando-o em seguida. Fure a mangueira e instale o micro aspersor. Não coloque mais de 28 cotonetes por canteiro para não sobrecarregar o sistema.

8º passo

A água também pode chegar às plantas por gotejadores. Faça um furo no meio de uma tampa de garrafa PET para passar um cotonete com pedaço de cinco centímetros de arame. Faça uma curva na ponta do fio que ficará do lado de fora da garrafa. Feche a tampa. Monte tripé com gravetos para dar suporte ao vasilhame. Corte o fundo da garrafa.