quarta-feira, 6 de maio de 2020

O VOO DA GALINHA QUE QUERIA SER AGUIA

Alguem que torcia com mais fé que otimismo a favor do governo me disse que considerava Sérgio Moro e Paulo Guedes as torres gêmeas desse governo, a pedra lapidar, aqueles que suportariam sobre seus ombros o sucesso prometido que cada dia mais se mostra não cumprido. 

Uma metáfora colorida e imaginaria que tenta colocar um biombo a frente da cena que assistimos estupefatos diante de nossas televisões, enquanto permanecemos presos em nossas casas acuados pela tragédia que ronda este país, tragédia maior ainda do que essa que entra em nossos lares pela internet, TV, redes sociais e por todos os espaços, inclusive pelo som das panelas que se mostram a cada dia mais sem pudor. 

A metáfora das torres não poderia e não pode descrever um conflito que traz em seu histórico a semente da maldade plantada pelo golpe e a vilania. Ali estava a contenda estampada na cara de todos, em horário nobre, dentro de nossas casas, usando de estratégias linguísticas que traduzidas para suas efetividades, seriam infestadas de adjetivos e predicados que fariam corar a face de uma jovem que tenta ganhar a vida nas ruas de Copacabana. Esse é o nível do governo e sua liturgia linguística, esse é o nível das contendas entre os pares. 

É um conflito de interesses do submundo. Eles não brigam pelo melhor para o país e pelo povo ou pelas classes que representam. Brigam por questões muito mais rasas que emergem da miséria de suas pretensões. São seres que se completam e se amparam nos meios e formas de produzir tragédias sociais por onde passam olhando firmemente para seus egos gigantescos e suas prioridades privadas desdenhando das coletividades e suas emergências, como também do altruísmo público que tanto se espera de quem aporte suas capacidades a disposição da sociedade.

Sinceramente, essa torre já vai tarde, vai tarde depois de mortandades nos presídios que ninguém lembra porque uma parcela desumanizada desta sociedade se regozija intimamente com o bandido morto, enquanto mães, irmãs, esposas e filhos de apenados choram porque o estado brasileiro aprisiona homens e os condena a morte sem que na constituição exista tal mister.

Mas a torre propôs um pacote anticrime, dirão muitos, repetindo a velha lorota das mídias e do entendimento superficial, sem saberem que o proposto pacote violava valores constitucionais, continha ilegalidades flagrantes, e, agressões aos direitos e garantias fundamentais que contemplam o povo brasileiro. Não fosse a sociedade mobilizada e a pressão na câmara dos deputados teríamos hoje um código fascista a normatizar a sociedade e estabelecer condutas. Uma derrota que mostra muito sobre a forma de atuação e pretensões desse governo e para o qual o ministro da justiça atuou lado a lado com o centro de governo. 

A dita torre mostrou sua inércia na contenção dos avanços da milícia, tanto em suas ações ostensivas nas ruas e vielas deste país, como também nas ações legais que o governo recentemente engendrou no qual amplia o quantitativo de munição que pode ser adquirida e comportada por cada cidadão, aumentando o poder de compra, transações e municiamento de parcelas da sociedade ampliando a possibilidade de desvios e redirecionamentos dessas munições para grupos extremistas, milícias, tráfico e outros fins. Mas não só isso, também a recente revogação de portaria que facilitava o rastreamento de armas numa atitude que permite violações e inviabiliza o controle pelas autoridades competentes. Ambas medidas aprovadas este ano em janeiro e abril, tudo isso diante do nariz do ministro da Justiça e de sua conduta complacente, permissiva e alinhada. 

A torre também nada fez mostrando inação nos casos das ofensas grotescas de grupelhos radicais e violentos contra o congresso e o STF (não que eles ministros não tenham máculas, mas a instituição não pode ser atacada por uma matilha atiçada)permitindo que meia dúzia de desajustados acompanhados por uma centena de fanáticos impusesse aflição a todo o país como que representassem de fato o povo brasileiro em suas demandas por AI-5 e golpes militares. São grupelhos mantidos e atiçados por quem está dentro e não fora do sistema. E nada ele fez para esclarecer a sociedade, tudo para não melindrar ou contrariar seu chefe e manter com ele a velha e eficiente fraternidade dos covardes. 

A torre também nada fez durante e mediante o avanço do gabinete do ódio (uma estrutura paga com dinheiro público para elaborar textos, memes e visualizações para atacar pessoa e instituições) mesmo que a CPI das fake news já tenha rastreado o esquema e seus responsáveis e tenha identificado que a coisa funcionava bem ali do outro lado da rua de onde poderia ver de seu gabinete, estando a frente dessas ações tenebrosas seus amigos, conhecidos e, sabe-se lá, gente mais próxima. Nada de estranho para alguém que divulgou escutas telefônicas de uma presidente e fazia sistematicamente o repasse de informações de processos para meios de comunicação que as usava como queria para destruir biografias e governos. 

A torre não esclareceu o caso dos 39 quilos de cocaína no avião presidencial. Uma vergonha para a instituição da presidência da república que nos desmoraliza dentro e fora do país perante os cidadãos brasileiros e as demais nações que passam a nos ver como um país marginal, no qual suas aeronaves oficiais carregam drogas e muita droga com valores milionários. Até hoje o único culpado foi um sargento de carreira da aeronáutica sem que se tenha chegado aos verdadeiros autores traficantes de fato, deixando dúvida sobre a forma como o ministro da justiça tem atuado com as competências que lhe são atributo do cargo. 

Na segurança pública a torre tentou abocanhar e trazer para si um resultado que foi mérito dos governadores na diminuição da criminalidade fato que nenhuma política ou ação foi feita ou desenvolvida pelo Ministério da Justiça nesse período para resolver essa situação, chegando ao cúmulo de em reunião entre o presidente e secretários de justiça dos estados terem estes proposto um desmembramento de parte da pasta que segundo suas percepções era inoperante. 

Enfim, um morto vivo que pouco habilitado para uma vida política não soube e não foi capaz de sobreviver no contexto difuso e resiliente que compõe o ambiente das relações de poder no planalto e que exige grande capacidade de diálogo com outras forças e também aceitação do contraditório. Talvez sua passagem pela magistratura, pelo menos a da lava jato, o tenha formatado em uma mentalidade das sentenças inquestionáveis que não se ajustam a democracia mas aos tribunais de exceção. 

A torre ficou ali estática na paisagem, como que a enfeitar os volumes dispostos na esplanada oferecendo sua credibilidade social adquirida por meio de vultosa contribuição da empresa de mídia que controla parcela do país e a ela impõe seus desígnios. Permaneceu a torre no ministério da justiça, assim com letra minúscula,  esperando a indicação para o STF se valendo de sua credibilidade popular construída mediante a incursão em crimes de lawfare e tretas,mutretas e retretas entre o judiciário e o Ministério Público (sumido e escafedido com seus heróis de pés de barro) para perpetrar investigações e punições que forjaram uma farsa, com a ajuda da mídia, que teve como objetivo criminalizar uma força política e remover do poder por vias antidemocráticas a quem não conseguiam eles remover pela força do voto em seus projetos políticos esquálidos e desumanizados.

Nunca esqueceremos que a torre aceitou o cargo de ministro da justiça durante o transcurso de um processo eleitoral para qual desfecho sua atuação foi indispensável. Sua saída do governo, que ajudou a eleger e para o qual foi marinheiro de primeira nomeação creditando sua biografia, não foi intempestiva, ocasional ou decorrente de fatos contraditórios. Sua saída ocorre no tempo necessário e certo para não haver acusação de vínculo com o desastre e a tragédia que se avoluma no horizonte próximo. Percebendo a fragilidade de seu capitão deixou a promessa de tribunais superiores para lá, por que esperar mais, por que contentar-se com uma cadeira entre outras se pode ter uma cadeira só sua do outro lado da praça.

É essa torre que quer arranhar o céu e ser lançada por seus padrinhos da vênus platinada como salvador da pátria e símbolo de justiça e honestidade para governar este país, ou pelo menos o país deles, cravando suas veleidades e executando mais uma tragédia nacional, mais um golpe, mais sofrimento e dor trazidos por homens de egos grandes e sonhos pequenos que olhados do horizonte da historia serão vistos como  insignificantes. Que tempos vivemos. 

Marcelo Pires

terça-feira, 5 de maio de 2020

O OVO DA SERPENTE

***O ovo da serpente foi gestado no colo da direita e do reacionarismo da extrema e raivosa ultradireita fascista e nazista, a elite nacional foi questionada durante 15 anos, pois o discurso hegemônico de décadas era de que o bolo precisava crescer para ser dividido e nos governos sociais democratas e de bem estar social de Lula e Dilma durante 4 eleições, foram confrontados tanto esta ideologia quanto o discurso histórico e só um golpe era capaz de romper este curso.

Lula e Dilma, deixaram claro que o bolo tem que ser dividido para crescer conjuntamente o País e seu Povo e todos precisam ser incluídos, colocaram o filho da empregada sentado ao lado do filho do patrão nas academias e Universidades e nos cursos mais importantes, os filhos nascidos na desigualdade foram em pé de igualdade e oportunidade financiados e apoiados em estudos fora do país, antes uma possibilidade irreal e que nunca seria alcançada pela grande maioria.

Deram voz e vez as classes historicamente situadas a margem da sociedade e do poder, levaram escolas de excelências a rincões onde a maioria não tinha a mínima condição de acesso nos parâmetros anteriores, aeroportos viraram "rodoviárias", as empregadas domésticas agora com carteira assinada e direitos.

As elites ameaçadas reagiram e alimentaram a ódio contra o PT e a esquerda, alimentaram numa parcela da classe média um discurso de ódio figurando um inimigo que devia ser combatido, jogando no mesmo balaio da corrupção e da falta de ética partidos que historicamente tinham lado e sempre defenderam os trabalhadores.

Escolheram um maníaco psicopata ao defende-lo arduamente no segundo turno de uma eleição presidencial, Dória, Witzel, Maia, Alcolumbre, Luciano Huck, Rede Record, Igreja Universal e Evangélicas Neopentecostais junto com a Rede Globo do PIG, Moro "Com Supremo e tudo" e tantos outros foram seus escudeiros, mesmo o conhecendo e sabendo que era terrorista e tentou explodir quartéis, expulso do exercito e reincorporado via judicial, virou deputado durante 28 anos do baixo clero do esgoto da política sem projetos e sempre atrelado ao submundo do RJ, dos esquemas das rachadinhas, do uso de laranjas dos esgotos da política alimentado e alimentando exclusivamente um desejo de destruição geral, de qualquer possibilidade que atendesse o bem estar social, a democracia e a igualdade.

Moro o até então caçador do PT, foi alçado a ser o pilar da ética e caçador de "corruptos", o certificado de "Bom moço" e que manipularia a opinião pública e a máquina para proteger e blindar a familicia, criaram um posto Ipiranga para sinalizar aos banqueiros e mega-especuladores, o outro pilar para segurar e alimentar os privatistas e dar garantia ao "Senhores dos Engenhos".

O resumo do programa deLLes, que tudo oque foi feito pelo PT, um a um os programas iam ser destruídos mesmo que para isso houvesse a necessidade de destruir e fazer ruir os pilares da Democracia.

Aí está o resultado na mesa, ainda não sabemos o fim desta macabra manobra e esperamos que o anúncio do apocalipse zumbi nunca chegue!!!!

VIVA A LIBERDADE, VIVA A DEMOCRACIA, VIVA A IGUALDADE E VIVA A FRATERNIDADE!!!!!

***Binho Zavaski.

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